De voltar
Desde pequena, olhar para o céu foi um dos meus mais agradáveis passatempos. Passei muito tempo deitada na grama e observando os desenhos das nuvens, ou com cobertores a contemplar as estrelas. O momento mais espetacular era observar o pôr-do-sol, suas cores diferentes e encantadoras, as transformações e nuances coloridas dos raios que brincavam por trás dos morros. O céu sempre me encantou e me impressionou profundamente. Com o passar do tempo, fui compreendendo que esse encantamento não era algo sem sentido, coisa de menina distraída. Muito pelo contrário. Contemplar o céu é como ver uma fotografia de casa, de um lugar ao qual pertencemos, mas no qual não habitamos. É sentir a saudade boa de um lugar para o qual nosso coração sempre quer voltar. Para certas pessoas, o céu vai além das nuvens que se transformam em coisas engraçadas, das maravilhas de um pôr-do-sol, da magnificência de um amanhecer. Para certas pessoas, o Céu se escreve com letra maiúscula e é o destino final de