Das Coisas

Nunca se viu a mulher com tanto destaque quanto se vê hoje. Em qualquer conversa, qualquer aula, a qualquer lugar que se vá, sempre é possível ouvir, ler ou ver algo que fale sobre mulheres. Uma discussão acerca dos direitos do corpo, do direito de ter filhos, de fazer o que quer e toda essa conversa que já estamos cansados de ouvir. Fala-se muito sobre a figura feminina, mas pouco se reflete sobre ela. O que, na verdade, significa ser mulher? Significa ser portadora de uma dignidade inigualável e da maior e mais incrível responsabilidade que podemos ter, o dom de ser mãe. O privilégio de trazer novas vidas ao mundo e educar novos cidadãos. Ser mulher é trazer a beleza de tudo o que existe dentro de si, é transparecer a graça e a humildade. É auxiliar a construção de um mundo melhor, mais digno e respeitável. Ser mulher é ser como Maria. Não há, em toda a história da humanidade, exemplo melhor que ela. A mais pura de todas, o exemplo maior de empoderamento que o mundo já viu.

O mundo está um horror, não há dúvidas quanto a isso. Para qualquer lugar que olhemos, a violência, as guerras, a cultura de morte e ideologias terríveis predominam. Ouvimos notícias de barbaridades impublicáveis, mas nos acostumamos e não fazemos nada. Por vezes, até nós cometemos pequenas atrocidades, pequenos desrespeitos. Deixamos de fazer o bem, ferimos o próximo com uma língua ferina e falta de amor. Eis que surge, então, o tempo favorável. Durante 40 dias, somos convidados a viver um deserto de modo maravilhoso. Somos chamados ao jejum, à caridade e à oração. É tempo de romper com uma realidade tenebrosa e partir para uma vida gloriosa. É a Quaresma que se apresenta e já caminha, nos levando a uma vida aprofundada na fé, encaminhando nossos passos para uma conversão verdadeira. São dias intensos, de profunda oração. Durante a Quaresma, participamos do deserto e das tentações de Cristo. Fazemos nossas penitências, intensificamos as orações, vivemos a caridade e a doação de