Daquilo que nem sempre vemos

Não estamos mais acostumados com a figura paterna. Não sabemos reconhecer um pai. Afinal, é tão forte a campanha contra a família e a figura masculina que muitos desses homens acabam ficando despercebidos. Porém isso só acontece até que algum observador note uma bela cena no saguão da faculdade, então o mundo brilha.
Nos últimos dias, por duas vezes, fui presenteada com a beleza de um pai. Por ser imagem tão rara, me arrisquei a perder um pouco da aula e, simplesmente, contemplar aquele momento tão sublime. Foi tão lindo, tão delicado! Aprendi tanto em tão pouco tempo!

Era possível sentir na pele o amor, a ternura preenchia o espaço como perfume de flores no ar da primavera. A doçura daqueles pais envolveu meu coração como o calor nos dias frios de inverno, a alegria dos balbucios dos bebês me inspirou e transformou a minha noite.

Depois dessa experiência, voltei para a aula e já não havia mais espaço para o estudo, meu pensamento estava em uma profunda reflexão. Pensei em todos os pais que eu conheço, em meu próprio pai e no exemplo dele que me faz ser o que sou. Pensei, principalmente, em São José (meu querido santo de devoção).

Assim como Maria é o que toda mulher deveria ser, São José exemplifica o papel de um homem, o papel de um pai. Em uma realidade de homens abandonando esposas e namoradas, de agressões e violência, ao voltar nosso olhar para o pai de Jesus, vemos por quais caminhos deveríamos seguir.

A castidade, a pureza e a justiça, virtudes tão necessárias, entretanto pouco praticadas. O trabalho e a oração, o servir e a obediência. A fidelidade, o silêncio e a humildade de um homem que confia.
São José teve medo também. Sua noiva estava grávida do filho de Deus, mas eles ainda não eram casados. Quis fugir para evitar piores consequências para Maria, porém Deus fez com que esse homem compreendesse a grandeza de Seus planos. Após esse momento, esteve sempre presente, cuidando, amorosa e devotamente, da Sagrada Família.

Deve ter ninado Jesus, cuidado Dele e ensinado as maravilhas da vida. Ensinou a sua profissão e o defendeu das dificuldades que apareciam. Cuidou de Maria, amou a escolhida do Pai e respeitou-a fielmente. Foi, com certeza, um grande exemplo, uma grande base.

Homens e meninos, olhem para José e façam dele seu exemplo de homem e pai. Assumam, se essa for a vontade de Deus, o dom da paternidade e o vivam de modo santo. Sejam exemplo, sejam base, sejam amor. Sejam a luz que fará alguém na faculdade, na praça, no ônibus, em qualquer lugar, parar para contemplar a maravilha de ser pai.

Honrem suas namoradas vivendo a castidade e respeitando os planos do Pai para a vida de vocês. Honrem suas esposas com a fidelidade e o amor. Honrem seus filhos com a justiça e o exemplo de homens de fé. 
Se todos os homens fossem como José, viveríamos em um mundo muito melhor.

Um grande abraço! 
Aline.

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