De piloto automático

Já ouviram falar da música "Piloto Automático", da Supercombo? Caso a resposta seja não, recomendo que ouçam. É um exercício de reflexão bem interessante. Depois de ouvirem e pensarem sobre a canção, eu não preciso dizer mais nada. Ou será que preciso?

Quando a ouvi pela primeira vez, foi identificação total. Logo nos primeiros acordes, nas primeiras frases, entendi que aquela música era um tapa na minha cara. Não sentiu um na tua também? Pensa bem, ouve novamente. Aposto que sentiu.

Nós vivemos no mundo, estamos aqui e existimos. Nossa única certeza é de que nascemos e, um dia, morreremos. Isso é fato. Mas como que fica esse intervalo? Consumido pelo cotidiano. Não percebemos mais nada. Raras são as coisas que conseguem provocar uma emoção verdadeira, uma transformação real.

Somos guiados pelo piloto automático e, pasmem, não percebemos nada do que acontece ao nosso redor. É como se fôssemos cegos, surdos, mudos e incapazes de sentir o que quer que seja.

Quando arrumamos um tempo para dormir e descansar (isso existe mesmo?), não conseguimos. Nossos pensamentos voam para o estresse, o trabalho, as preocupações, os dilemas... Nos desligamos da nossa humanidade. Só reclamamos, resmungamos, brigamos, fingimos, evitamos, individualizamos tudo. O egoísmo se tornou a palavra de ordem, lema de vida, filosofia a ser seguida.

Quem ainda abraça seus pais? Sorri para as pessoas na rua? É simpático com quem não conhece? Não são muitos. Eu mesma falho em alguns aspectos. Entretanto, é absolutamente necessário que essa situação seja revertida.

Desliga o piloto automático da vida! Assume o controle, sai da zona de conforto! Rompe com esse comodismo, escolhe um lugar e viaja. Renova teus conhecimentos, aprende um idioma novo, faz aula de artesanato, seja voluntário, tanto faz. O importante é lembrar que nós somos seres humanos e precisamos viver.

Se estamos aqui, vivemos nesse mundão, participemos! Nossa contribuição é extremamente importante. Afinal, a vida é o que acontece quando desligamos o piloto automático.

Grande abraço,
Aline.

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