Do homem que quero ao meu lado

Se existe uma frase que eu ouço bastante, principalmente no meio feminino, é a famosa "Mas qual é o homem dos teus sonhos?". Acredito que seja por estar solteira e as meninas acharem que só pode ter um problema hahaha (Já falamos sobre o tempo de solteiro aqui) Mas um acontecimento me deixou bem reflexiva. 

Estava viajando e, enquanto trocava áudios com um grande amigo, chegamos no assunto "Qual é teu tipo (no que se refere a homens)?". Eu, espontânea como sou, respondi com um áudio explicando que achava que não tinha um tipo, pois não fico mais fazendo exigências pra Deus. Mas, que se eu precisasse listar algumas características, seriam piedoso, divertido, bem humorado, inteligente, nem um deus grego, mas também não o mais feio do estoque... Até brinquei dizendo que se tivesse todos os dentes na boca e tomar banho todo dia eu estaria no lucro. Ambos rimos e a conversa com o menino seguiu tranquilamente. O ponto reflexivo foi quando minha amiga disse "Nossa, mas tu é exigente, hein?" 

O quê? Exigente? Mas como isso? E fui amadurecendo a reflexão. (Como já estabeleci os critérios para a mulher que eu quero ser, penso que posso prosseguir com o meu texto sem medo. Afinal, é muito justo, né?) 

Repassei todos os critérios, começando com as piadinhas. "Se tiver todos os dentes na boca e tomar banho todo dia, estou no lucro" e "Nem um deus grego, nem o mais feio do estoque". Aqui você percebe que o grau de exigência em relação a características físicas é o mais próximo de 0 possível.  Afinal, isso não é o que mais importa. De que me adianta ter uma escultura de beleza etérea ao meu lado se o cara for uma taipa? Que só se preocupa com seu corpo, sua aparência, seu lindo umbigo narcisista? Não, não. Como diz a minha sábia mãe, pode ser "ajeitadinho". Não tem problema. 

Agora, passemos para os pontos que são mais sérios. Meus critérios não são exigências, são o mínimo de dignidade que uma pessoa busca. Um homem a exemplo de São José. 

Fico imaginando como seria São José além daquilo que sabemos. Como aquele homem justo, honesto, trabalhador e viril se comportava com Nossa Senhora e com o Menino Jesus? Será que estava sempre sisudo, carrancudo, dizendo "Sou o pai adotivo do Menino Deus, não posso brincar com essa santa criança". Será que, ao final de um árduo dia de trabalho, não sentava com a Virgem Maria e o Menino e partilhava os acontecimentos do dia, rindo alegremente de alguma aventura de Jesus? Será que não se divertia com os fatos do lugar onde viviam? Será que não tratava Maria com carinho e dignidade? Com certeza, São José foi um grande homem, um grande esposo, um grande pai. Se não fosse, Deus não o teria escolhido como guardião de Seus maiores tesouros.  

E o que isso significa para mim? Bem, se eu desejo ser santa e me esforço para isso, nada mais justo do que desejar um companheiro que viva de acordo com os mesmos ideais. 

É triste olhar para o mundo e ver os meninos e homens cada vez mais perdidos. Em uma  bagunça entre ser o machão e não ser o machão, são eles que sofrem com a perda de sua identidade. Afinal, qual a justa medida?  O que é ser homem? Ser grosso, rude, babaca, agressivo? Ou ser absolutamente o contrário, deixando de lado todas as características masculinas? 

Nesse caso, vale o mesmo conselho: olhem para os santos. O que se aprende com São José, São Bento, São João Paulo II, São Miguel ou São Josemaría Escrivá? Quais são os exemplos de São Luís Martin, São Thomas More, São Francisco de Assis ou Santo Inácio de Loyola? 

Todos eles foram homens de fibra, que souberam enfrentar as situações da vida com coragem e sabedoria, orientado seus passos de acordo com a vontade do Senhor. Não foram homens rudes e grosseiros, mas santos com virtudes incríveis. Foram religiosos, sacerdotes e pais exemplares, vivendo de maneira luminosa a tão famosa frase "Esto vir!" 

Precisamos de homens que saibam agir como homens, de modo que nós mulheres também possamos exercer plenamente a nossa vocação. Precisamos de homens piedosos, que não tenham medo de viver a oração fielmente. Precisamos de homens que sejam trabalhadores e corajosos, que saibam nos defender e nos orientar. Precisamos de homens castos, que queiram viver a santidade nos namoros e casamentos. Precisamos de homens que se espelham nos santos, em Cristo. São Josemaria Escrivá dizia no seu livro Caminho, ponto 121: “É necessária uma cruzada de virilidade e de pureza que enfrente e anule o trabalho selvagem daqueles que pensam que o homem é uma besta. – E essa cruzada é obra vossa”. 

Um site muito bom, com formações voltadas para o público masculino é o Homem Católico. Recomendo que deem uma olhadinha e se aprofundem mais. Vale a pena. 

Seja São José um exemplo e grande auxílio nessa cruzada! 
Deus os abençoe!

Abraços, 
Aline.

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